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Desmitificando os exames complementares

Desmitificando os exames complementares

 

Alguma vez você já ficou em dúvida sobre o porquê da realização de algum exame do seu pet?

Se sim, acalme-se! Estamos aqui para te ajudar a compreender a função dos principais exames solicitados pela nossa equipe de médicos veterinários!

Hemograma completo: é o exame solicitado com maior frequência pelos médicos veterinários, pois trás consigo muitas informações importantes. Através desse exame podemos detectar anemias, processos inflamatórios e infecciosos, desordens plaquetárias, etc. É um exame muito útil na triagem inicial do paciente.

Perfil renal: normalmente, inclui os exames de ureia e creatinina, que são metabólitos produzidos pelo organismo e excretados pelos rins. Sendo assim, um acúmulo dessas substâncias no sangue indica uma alteração na função renal, que deve ser investigada.

Urinálise: nada melhor para avaliar a função de um órgão do que analisar aquilo que ele produz. Nesse caso, os rins são responsáveis pela produção da urina e os diversos tipos de exame realizados com ela auxiliam na avaliação da função renal.

Perfil hepático: o perfil hepático pode avaliar tanto lesões no órgão, através da dosagem de enzimas hepáticas (ALT, AST e FA, por exemplo), quanto a função do mesmo, através da dosagem de substâncias produzidas pelo fígado, como albumina, bilirrubina, glicose, colesterol, triglicérides, fatores de coagulação, etc.

Colesterol e triglicérides: através desses exames, podemos avaliar distúrbios no metabolismo dos lipídeos (gorduras). Valores elevados de colesterol e triglicérides podem estar, inclusive, associados a doenças endócrinas.

Coagulograma: através desse exame, podemos avaliar a coagulação do paciente, o que nos permite diagnosticar distúrbios e programar procedimentos cirúrgicos, que envolvem incisões e sangramento, com maior segurança.

Ultrassonografia abdominal: a ultrassonografia permite avaliar a morfologia dos órgãos e auxilia no diagnóstico de processos inflamatórios, infecciosos, neoplásicos, etc.

FAST: é uma ultrassonografia voltada para triagem e monitorização de pacientes atendidos em situação de urgência/emergência ou internados. É um exame que permite diagnosticar e acompanhar a presença de líquido livre em cavidade abdominal ou torácica, pneumotórax, edema pulmonar, etc.

Radiografia: permite avaliar tórax, abdome e ossos do paciente, identificando alterações nessas estruturas.

Hemogasometria: através desse exame, podemos avaliar o equilíbrio ácido-base do paciente e suas possíveis alterações. A hemogasometria arterial permite a avaliação de desordens respiratórias e da função pulmonar, enquanto a hemogasometria venosa permite a análise de distúrbios metabólicos e da perfusão tecidual. Além disso, a hemogasometria nos auxilia no manejo da fluidoterapia e de eletrólitos (sódio, potássio, cálcio, etc.).

Lactato: através desse exame, podemos avaliar a perfusão tecidual do paciente, ou seja, o estado da sua microcirculação, que é onde ocorre a troca de oxigênio e nutrientes. Sendo assim, podemos verificar se as células do paciente estão funcionando adequadamente. Além disso, esse exame tem valor prognóstico, ou seja, quando realizado de forma seriada, permite avaliar a possibilidade de melhora ou piora do quadro.

Dra Joice de Toledo

Coordenadora Estima Hospital Veterinário.

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Outubro Rosa

Outubro Rosa

O #OutubroRosa chegou e devido sua importância viemos aqui falar um pouquinho sobre tumores mamários nas fêmeas.

O tumor de mama em cadelas e gatas,  infelizmente, é bem comum no dia a dia da rotina veterinária e pode acometer uma ou mais mamas, sendo que,  em felinos,  80% são malignos. 

O primeiro passo para prevenção é prestar atenção nas mamas da sua cadelinha ou gatinha. Caso note um aumento de volume a visita ao médico veterinário será indispensável. O veterinário irá avaliar mama por mama durante o exame físico e planejar o melhor tratamento a fim de controlar ou curar esse tumor, além de prolongar e melhorar a qualidade de vida.

Infelizmente há risco de metástase principalmente para os pulmões! Sendo assim, não perca tempo!!!! Corra logo para o veterinário assim que identificar a lesão.

Com raras exceções, o tratamento adequado inicia-se com o procedimento cirúrgico. A extensão da cirurgia será proporcional ao tamanho dos nódulos e a localização deles. O planejamento cirúrgico sempre leva em consideração as características tumorais e a drenagem linfática.

Existem diversos tipos de tumor de mama, sendo que dois exames, o citológico e o histopatológico, irão mostrar qual tipo celular está presente para que se  defina,  com certeza,  se o tumor  é maligno ou benigno. Após saber qual tipo tumoral está presente será possível avaliar se será necessário a realização da quimioterapia.

Vencida esta etapa é importante um acompanhamento veterinário. No primeiro ano recomenda-se visitas a cada dois meses, além da realização de exames como radiografia de tórax e ultrassom de abdômen. E, a partir do segundo ano, o tempo é espaçado para a cada 3 meses. Mas logicamente esse tempo deverá ser ajustado para a necessidade de cada paciente.

Para diminuir a incidência dos tumores de mama precisamos realizar a prevenção. Antigamente a recomendação era castrar as fêmeas caninas antes do primeiro cio para diminuir a influência hormonal, que pode estimular o surgimento da patologia. Atualmente a recomendação de castração é entre primeiro e segundo cio, desta forma também evitamos algumas consequências da castração precoce, principalmente problemas articulares em cães de grande porte.

Em gatas, a castração antes do primeiro cio, entre 6  e 12 meses, ainda é a melhor opção para diminuir o estímulo hormonal e prevenir os tumores de mama. 

E lembrem-se, a aplicação de medicações contraceptivas é proibida em cães e gatos. A melhor prevenção é a castração.

Dra. Ana Júlia Khuriyeh