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Manejo de cães e gatos nas festas de fim de ano

O final de ano é a data muito especial para algumas pessoas contudo, para outras, pode ser um período difícil devido alterações emocionais apresentadas pelos cães e gatos em casa. O principal vilão da história são os fogos de artifício. Barulhos de moto na rua, o som de música alta, pessoas ‘’estranhas’’ no ambiente do animal, e até outros animais, que acompanham seus tutores nas visitas de fim de ano podem deixar seu animal em situação difícil. Alguns pets sentem medo nessas ocasiões, outros sentem fobia. Ambos sentimentos precisam ter um cuidado especial, mas para qualquer ação é necessário diferenciar as duas situações.

O medo é o estado emocional funcional e natural que representa a resposta do organismo frente a alguma situação de estresse. Por exemplo, um cão com medo de fogos de artifício, se esconde debaixo da cama e por ali fica durante toda a noite. A fobia é o medo de maneira intensa e prolongada, é caracterizada por esquiva fóbica quando frente ao estímulo. Nesses casos, o acompanhamento de um médico veterinário é muito importante, pois os animais podem colocar sua vida em risco. Podemos demonstrar essa situação com o exemplo anterior, entretanto, nesse caso o animal não se esconde debaixo da cama, mas tenta sair daquele lugar de qualquer maneira. E assim, pode quebrar portas de vidro e se machucar. Porém, é importante observar que tanto o medo quanto a fobia estão presentes, principalmente, no final do ano. Para lidar com isso é preciso manejo em casa, além da dedicação e paciência dos tutores. Em casos de fobia, pode ser necessária a administração de fármacos segundo a avaliação do médico veterinário. Por isso, não deixe para lidar com essa situação somente no dia. Se prepare e prepare o seu amiguinho de quatro patas.

A primeira coisa a se fazer é entender a gravidade do problema. Como o seu animal lida com os fogos de artifício e barulhos na rua no fim de ano? Há algum histórico traumático?  Ele demonstra algum comportamento diferente nessas datas especiais? Relembre e, se necessário, filme o comportamento dele no momento.

Quanto mais antigo o comportamento, mais difícil será de revertê-lo. Então, se você é tutor de um filhote e quer diminuir as chances de ele ter fobia, converse com o seu médico veterinário para que ele te guie nos estímulos e treinos que serão necessários. Cada caso é um caso, pois nenhum organismo reage ao mesmo estímulo da mesma forma. Sendo assim, a avaliação de um profissional é super importante.

Prepare o ambiente doméstico durante a semana para que o animal se sinta confortável. Dias antes da data comemorativa, monte um novo cenário para que seu pet entenda que está tudo bem tanto para dormir como para ficar naquele ambiente.  A otimização ambiental irá trazer segurança para ele. Separe um canto especial para sua caminha, em um ambiente calmo e confortável. Lembre-se de deixar os brinquedos preferidos por perto, assim como petiscos saborosos. Atenção, fale com o médico veterinário antes de oferecer petiscos, pois existem restrições para determinadas doenças. Outra dica legal é brincar com o seu pet no local montado especialmente para ele para que entenda e associe que nesse ambiente acontecem coisas legais.

Alguns animais ficam calmos ao som de playlists preparadas especialmente para eles que podem ser encontradas facilmente em sites de busca e aplicativos. Outros, irão preferir o som de ruído branco, e outra porcentagem pode preferir música clássica. Teste quais desses sons relaxa mais o seu animal antes da semana do natal e do ano novo e então, deixe tocar durante os outros dias no local que você preparou para que ele se acostume com essa sensação e fique tranquilo.

O uso de feromônios artificiais, que transmitem informações para a parte emotiva do cérebro, podem trazer benefício para esse dia, se associados ao manejo. Seu uso isolado não demonstra muitos resultados.

E lembre-se, nossos alimentos não devem ser oferecidos para os animais nesses dias. Caso queira agradar o seu pet, converse com o médico veterinário e escolha o petisco mais adequado que não trará malefícios para a saúde do animal.
Dra Ana Júlia Pinheiro.

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